Reflexões sobre o amor |
Y Há alguns anos um jornalista entrevistou a famosa cantora negra Marion Anderson, de Filadélfia, Estados Unidos, e perguntou-lhe qual foi o melhor momento da sua vida. Ele sabia que ela tinha muitos bons momentos para escolher. Houve o concerto privado que ela tinha dado na Casa Branca para os Roosevelts e os reis da Inglaterra. Houve também aquela noite onde recebeu o prémio de dez mil dólares por ter sido nomeada a pessoa que mais contribuiu para a sua terra natal. “ O melhor momento da minha vida, respondeu ela, foi no dia em que cheguei a casa e disse à minha mãe que ela não teria que voltar a trabalhar como lavadeira.”
Y Agostinho d’António, escultor de Florença, Itália, trabalhou diligentemente mas sem êxito com um grande bloco de mármore. Finalmente disse: “Não posso fazer nada com isto.” Outros escultores trabalharam também com o mesmo bloco mas acabaram por desistir. A pedra foi rejeitada e passou quarenta anos num monte de escombros. Certo dia, Miguel Ângelo ao passar ocasionalmente por ali, viu o bloco e as possibilidades que este tinha. Mandou leva-lo ao seu estúdio e pôs-se a trabalhar nele. Por fim a sua previsão e o seu trabalho foram coroados com o êxito. Naquele bloco de pedra aparentemente inútil esculpiu-se uma das maiores obras primas de sempre: o David!
Y Um dia um menino de seis anos regressou a casa com uma nota da sua professora em que aconselhava que se retirasse o menino da escola porque este era “demasiado trapalhão para poder aprender alguma coisa”. O pequeno chamava-se Tomás Alva Edison.
Y Através de Rochester, em Nova York, corre o rio Genessee, entre ribeiras abruptas e serpenteantes. Uma vez, um habitante da cidade acabava de regressar de uma longa viagem de comboio. Estava ansioso por chagar a casa para ver a sua esposa e filhos. Caminhava rapidamente pelas ruas com a luminosa imagem do seu lar na mente, quando se aproximou de um recanto do rio onde se tinha juntado um pequeno grupo de pessoas visivelmente angustiadas. “Que se passa?”, Gritou. “Caiu uma criança à água!” Responderam-lhe. “E porque é que ainda não a resgataram?” Sem duvidar por um momento, largou a mala, despiu o seu casaco e atirou-se à água. Agarrou o menino nos braços e lutou contra a corrente até o levar para a margem. Ali, enquanto se recompunha e sacudia a água da cara, gritou de repente: “Por Deus! É o meu filho!” Tinha-se atirado à água para salvar o filho de outro e acabou por salvar o seu próprio filho.
Y [Antes de destruir a ímpia cidade de Sodoma, Deus apareceu a Abraão. (Segue-se o relato do capítulo 18 de Génesis)] Abraão ficou ainda em pé diante da face do Senhor. E chegou-se Abraão, dizendo: Destruirás também o justo com o ímpio? Se, porventura, houver cinquenta justos na cidade, destruí-los-ás também e não pouparás o lugar por causa dos cinquenta justos que estão dentro dela? Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti seja. Não faria justiça o Juiz de toda a terra? Então, disse o Senhor: Se eu em Sodoma achar cinquenta justos dentro da cidade, pouparei todo o lugar por amor deles. E respondeu Abraão, dizendo: Eis que, agora, me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza. Se, porventura, faltarem de cinquenta justos cinco, destruirás por aqueles cinco toda a cidade? E disse: Não a destruirei, se eu achar ali quarenta e cinco. E continuou ainda a falar-lhe e disse: Se, porventura, acharem ali quarenta? E disse: Não o farei, por amor dos quarenta. Disse mais: Ora, não se ire o Senhor, se eu ainda falar: se, porventura, se acharem ali trinta? E disse: Não o farei se achar ali trinta. E disse: Eis que, agora, me atrevi a falar ao Senhor: se, porventura, se acharem ali vinte? E disse: Não a destruirei, por amor dos vinte. Disse mais: Ora, não se ire o Senhor que ainda só mais esta vez falo: se, porventura, se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei, por amor dos dez.
Y O Dr. Frosyth contou a história de um amigo seu que visitou uma quinta de ovelhas na Austrália na época da tosquia, e de como o seu guia tomou um pequeno cordeiro do redil e o colocou num grande compartimento anexo junto com vários milhares de ovelhas onde os balidos destas e os gritos dos tosquiadores misturavam-se num barulho ensurcedor. O cordeiro permaneceu calado por um momento, e então começou a chorar. Os seu balidos foram respondidos pela mãe que estava no outro extremo do compartimento através do qual o cordeiro começou a caminhar enquanto que a mãe vinha ao seu encontro. “Nunca penses que estás fora do alcance de Deus,” disse o Dr. “Ele observa-te como se não houvesse nenhuma outra criança em todo o mundo.
Y Entre os persas conta-se a história do grande Xá Abbas, que reinou na Pérsia com grande poder, mas gostava de se misturar com as pessoas menos agraciadas. Em certa ocasião, vestido de pobre, desceu a longa fila de degraus das escadas escuras e húmidas que levavam até uma pequena cela, onde o fogueiro, sentado sobre as cinzas, atendia a fornalha. O rei sentou-se ao lado dele e começou a falar. À hora do almoço o fogueiro retirou umas côdeas de pão escuro e uma jarra de água e eles comeram e beberam. O Xá foi-se embora mas voltou várias vezes porque o seu coração estava cheio de simpatia por aquele homem solitário. Ele dava-lhe bons conselhos, e o pobre homem abria todo o seu coração e amava muito este amigo, tão bondoso, tão sábio, e no entanto, tão pobre como ele. Por fim o imperador pensou: “Vou-lhe dizer quem sou, para ver o que é que ele me pede.” Então disse: “Tu pensas que eu sou pobre, mas não é verdade. Eu sou o Xá Abbas, o teu imperador.” Ele esperava uma petição de algo grande, mas o homem ficou calado, contemplando-o com amor e admiração. Então o rei disse: “Não entendeste? Eu posso fazer de ti um homem rico e nobre, posso dar-te uma cidade, tenho poder para te nomear um grande governador. Não me pedes nada?” O homem replicou com respeito: “Sim, meu senhor, eu compreendi. Mas o que é isto que tu fizeste de teres deixado o teu palácio e a tua glória para te vires sentar comigo neste lugar escuro, compartilhares da minha comida grosseira, e preocupares-te de se o meu coração está feliz ou triste? Nem mesmo tu podias dar nada mais precioso. A outros podes colma-los de ricos presentes, mas a mim deste-me a ti próprio. Apenas te peço que nunca termine a dádiva desta tua amizade.”
Y Uma noite um homem teve um sonho onde caminhava ao longo de uma praia com o Senhor. No céu eram projectadas cenas da sua própria vida. Por cada cena ele reparou em dois pares de pegadas na areia: um par eram as dele e o outro eram as pegadas do Senhor. Quando a última cena da sua vida foi projectada, ele olhou para trás para as pegadas que tinham deixado na praia. E reparou que em muitas ocasiões no decurso da sua vida, havia apenas um par de pegadas. E notou que essas ocasiões foram justamente os momentos mais difíceis e tristes que tinha passado. Isto surpreendeu-o muito e perguntou ao Senhor porquê. - Senhor, tu disseste que uma vez que decidisse seguir-te, tu me acompanharias ao longo de todo o caminho. Mas reparei que nos momentos mais duros que vivi, só há um par de pegadas. Não compreendo porquê que quando mais precisava de ti tu não estiveste comigo. O Senhor respondeu-lhe: - Meu muito querido filho. Eu te amo e nunca jamais te abandonaria. Durante os teus dias de provas e sofrimento, quando vês apenas um par de pegadas na areia, foi quando eu te tomei nos meus braços e te levei ao colo.
Y Senhor, faz de mim um instrumento da tua paz. Onde houver ódio, que eu leve amor. Onde houver ofensa, que eu leve perdão. Onde houver dúvida, que eu leve fé. Onde houver desespero, que eu leve esperança. Onde houver trevas, que eu leve luz. Onde houver tristeza, que eu leve alegria. Onde houver discórdia, que eu leve união.
Senhor, que eu não procure tanto ser consolado, como consolar. Ser compreendido, como compreender. Ser amado, como amar. Porque é dando, que se recebe. Perdoando, que se alcança o perdão. E morrendo, que se ressuscita para a vida eterna. S. Francisco de Assis |
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